domingo, 22 de novembro de 2009

quiet evening, #45.

(faltou earl grey)

quinze minutos depois a luz ia ficar um pouco mais quente e eu nem sabia, mas tinha uma porção de coisas que ainda tinham que ser desenhadas, denovo. na hora que eu me sentei a parede abriu mais uma aresta, e tudo o que escorria - uns dez passos dalí - ia rendilhendinho lento. uma cor dum ambar esquisito, gasto, fugia evaporando e derretia os vidros das lâmpadas todas. e o curioso era que nada vazava e ainda mais por isso eu ficava ali, acompanhando a torrentinha. até cheguei a me sentar mais perto e a tentar conversar com o marulho, sobre a gravidade.

de vertido que fui, de nada me lembro
mas teve uma vez
o tempo fez força
daí me puxou numa linha
eu cortei tudo através
outra vez esparramei a dormir nas pedras

(tudo tem cor de earl grey)

e eu, desatento de tudo continuei andando sólido e de passo de pancada sêca.



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