sábado, 4 de outubro de 2008

my lucky number was wrong

vou, a partir desse momento, dispensar alguns lugares da minha memória. talvez eu os substitua pelas circunstâncias que os precederam. uma fila. é, uma fila. duas horas.
são paulo devia ser uma cidade tão mais serena! veja quantos momentos de reflexão nos são oferecidos com uma vêemencia bastante duvidosa todos os dias...
me parece evidente...toda vez que tenho que pagar uma conta na primeira semana de algum mês me pego maravilhado pensando se não era exatamente naquilo que uma nova sociedade estaria sendo baseada...olha só, eles estão conspirando agora a nosso favor: é o ócio criativo na sua roupagem mais contemporânea e arrojada.
sim, geralmente eu utilizo esse tempo da melhor maneira possível. a imagem das minhas meditações durante esse espaço que me é dado de presente com alguma freqüência em geral não é das mais nobres. sempre me pergunto sobre que tipo de prazer idosos tem em ir ao banco, fico imaginando interações esquisitas entre a arquitetura do lugar e meu colega da frente (que tal se essa viga aqui em cima tivesse um jogo meio elástico...e se o balcão tivesse rodinhas...e se esse piso tivesse um fosso de jacarés embaixo...)

é, talvez daqui há uns vinte anos - praticando isso incessantemente - eu ganhe algo como um pritzker da arquitetura corporativa desenhando agências para algum banco estatal...ou mesmo um inferninho no centro, quem sabe?

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