domingo, 15 de fevereiro de 2009

é só tomar cuidado pra não derreter.

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não digo, não digo, porque tenho certeza
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é quase sempre que tem chuva e vento e seiva de árvore espalhada pelo chão. é sempre assim quando eu visito. não faz muito tempo andaram plantando umas árvores...e eu também descobri que o que eu achava que eram despachos numa encruzilhada são apenas cuiazinhas de pipoca para os pássaros, que eu também achava que eram pombos. dia desses eu trago essas verdades todas para cá, com fotos, talvez. lá é onde eu passo algum tempo, é onde eu faço hora, onde eu quase sempre sou furtuvamente acometido por idéias...pequeninas, quase sempre, mas importantes. no momento exato em que elas surgem sempre prometem bastante coisa. a maior parte delas acaba caindo de madura, nunca pelo seu processo em si, quase sempre por conta dum outro que vem vindo logo adiante.
quando eu encontro e o que eu encontro lá é quase sempre clandestino. não de uma clandestinidade que salte aos olhos, que estarreça. não, porque ninguém ali tem olhos tão capazes. o que em geral causa algum estranhamento - clandestino - é, a meu ver, a falta de costume que a gente desses arredores - e de outros também - tem com essas coisas de dentro, mas que só se mexem quando se anda, ou quando se para num novo lugar. respondo em geral com um coçar de leve os olhos, pernas cruzadas e uma nuvenzinha de fumaça.

nenhum lugar, qualquer que seja, seria tão privilegiado - imaginando um espaço para as coisas acontecerem - se ele não estivesse dentro de mim. ou se ele não fosse a mim mesmo, mas sempre de mim para ele. talvez ele sinta isso da mesma forma, praças em geral se manifestam pouco sobre esses temas em circunstâncias que a gente possa de fato sentir. sinto, aliás, que não devo me preocupar com isso. ela tem a lei dela, e nem é de praça. é de coisa que ela mal sabe que existe senão pelas partezinhas que vai se dando conta ao longo de um estio. quase como todo mundo.


todos, inclusive os últimos, serão sempre os primeiros. cada um à sua vez. foi o que nara me soprou hoje, enquanto eu esperava por mim.
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