uma breve introdução: eu sempre vejo vocativo onde não tem.
são todas as janelas que eu abro, assim. o mesmo tanto que cabe dentro delas, ou que eu tento encaixar. as minhas têm algumas marcas de sangria, de requadros estourados, principalmente nos cantos. quinas vivas, mas ao contrário. não machucam, limitam apenas, categoricamente.
é quando eu me aproximo que percebo um alpendre. alguns dias atrás alguém me disse que isso era fundamental nas cidades nordestinas, ou porque tinha alguém que dele se valia pra seus desmandos ou porque alguém precisava de dois pontos para segurar uma rede. devo dizer que as duas me contemplam, de alguma forma. são sempre formas esquisitas de dispor, coisa que só quem caiu da árvore genealógica que começa na xica da silva x macunaíma talvez possa imaginar isso com um pouco só que seja de propriedade.
se um dia por acaso alguma cotia me oferecer alguma coisa por ai, vou me lembrar disso...talvez ela possa me antecipar alguma coisa sobre os alpendres que ela frequenta. e medir com as patas, talvez. precisamos de novas referências de escala. ou exumamos xica, ou medimos em jarda de cotia. medição remota através de arremesso de cenoura.
chama iô de sinhá.
abertura (dani)
Há 14 anos
