quarta-feira, 13 de maio de 2009

sobre línguas estrangeiras

(faltando uma porção de pedaços, dilapidados do dia que veio no meio. não os meus.)

como sempre, como se diz
- ou na terceira língua, a que não fala.
ou diz que vocabulário é coisa de costume

quem quer que me responda sente que não
falta o interlocutor, digo, como num qualquer
falta o ar de onde vir, num qualquer como
são as vias, de fato

começo, destino de onde termina
não as vias, mas os fatos
da minha língua a conversar com uma outra estrangeira
bárbara.

desatino.
entre os dentes rangidos da minha vidraça
repouso tenso naquilo que conto
mudo que é no gesto.

já faz tempo, nem te conto.
e nem precisa, eu nem lembrava
ele falava nisso todo dia
ninguém atendia.

atino
e quase nem faz sentido
não fosse essa dos idiomas
que não é senão o mesmo



pouco me importa qualquer palavra agora se a fronteira é a pele, se as línguas encontram sua origem comum e se o toque já não é mais uma grande questão diplomática.


de minhas fronteiras pra dentro agora não existe além da campanha.

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