quarta-feira, 15 de abril de 2009

tanto ao mar, tanto mar.

(em setenta e oito rotações ou em duas e meia vezes mil)

ou fui eu quem ouviu errado, coisas de trial version.

e o mar quebrava na esquina, e a ela mesma. e nem era o rio, nem havia o que purificar. debaixo d'água, por cima da areia, envolto em toda a proteína que faça algum sentido existir quando é em mim. é sempre assim que começa, ainda que seja um novo episódio.

não é coisa que se vista, não isso. mas ainda assim é só através da negativa que o desenho surge. é preciso esgotá-las, nem que para isso dedos se desmontem e involuam. não habita no gesto, pelo menos não nesse, ainda que todas as vezes no bolso de súbito se desfira e sufoque prontamente um arco maior.

não existe onde, ou não vem antes do quando, quando um não é o outro. se assim o é caem os panos e aparece o momento onde ele mora, e nos quilômetros que se desfiam à medida em que o mundo gira. e lá longe, meses adiante, horas quadradas são banhadas de sol de um jeito diferente no transcorrer dos centímetros de todo um dia. a sinestesia é cara. tempo, terra, tudo dinheiro. a anestesia também. ele, ela, tudo distância.

(não é senão o que vale, o que pesa e o que sente, sempre nas horas que cabem num metro)


Minha lista de blogs

Arquivo do blog