sexta-feira, 2 de maio de 2008

que passa ao largo...

da mentira da aparência:
"eu não sou meu nome e você não é ninguém."
(adaptação de Texto de Fauzi Arap em "Pássaro da Manhã", Maria Bethânia, 1977)

as limitações de uma percepção falha a respeito do que é ocupar o espaço de um corpo. e do que é reproduzir isso, melhor, projetar. é isso. sempre se recaí nisso, de jogar um espectro em algum lugar. uma notícia redigida por alguém com um pé no jornalismo e outro no funcionalismo público, algo como palitos mordidos num cinzeiro. e quando ao fim de tudo em carne viva a pele pouco coesa já se distribúi conforme uma vontade e uma lei que já não mais são as suas, surge então um tecido rôto. e dele se cobrem, a nudez do desejo de um outro.
é a janela com a persiana empoeirada, a rádica forrando as vistas e o estofado de vulcabrás verde com o assento folgado. alguém que está batendo à máquina exatamente agora.

eu vou te contar que você não me conhece.

e tudo aquilo que eu não desenho eu acabo vivendo, cedo ou tarde.

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